Carteiras Físicas
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Carteiras físicas, também chamadas de hardware wallets, tem um propósito principal: proteger a(s) sua(s) chave(s) privada(s).
Com elas, dá pra guardar suas chaves em um dispositivo offline (longe dos perigos da internet), e somente conectá-lo ao seu computador ou celular quando se precisar enviar uma transação para a blockchain. Para ler saldos, por exemplo, esses aparelhos nem sequer precisam ser ligados a um computador, ou à internet.
Cold Wallets
VS.
Hot Wallets
Carteiras que mantém as chaves privadas em aparelhos sem conexão à internet são chamadas de cold wallets. Carteiras hospedadas por terceiros e acessíveis na web - como aquelas da sua conta em exchange - são chamadas de hot wallets.
Dentre as carteiras abaixo, a ColdCard dá um passo adiante: além de manter as chaves privadas em uma parte (um chip) isolada do resto dos circuitos aparelho, carrega um cartão SD, que pode ser usado para transportar transações criadas na carteira para o computador, sem expor nenhum segredo. Desse modo, as chaves privadas podem passar uma vida toda sem tocar em um outro dispositivo, ou ser conectada a alguma rede sem fio.
Carteiras frias (cold wallets) costumam ter, além de tudo que descrevemos, um PIN de acesso 👇
Não confunda o PIN de acesso a hardware wallet com as suas palavras (chave privada). Se perder o PIN mas tiver a chave privada, consegue acessar a carteira de outro dispositivo. Se tem o PIN, mas perdeu a chave privada... já era.
Custam por volta de 200 dólares, nas formas mais simples. Se você procura algo mais acessível, há uma versão brasileira de hardware wallet, produzida pela CoinWise (SafeWise).
📱 Melhores carteiras físicas
Com mais de 1 milhão de unidades vendidas, a Ledger é a hardware wallet mais bem sucedida do mercado. Produzida por uma empresa francesa, é facilmente reconhecida pela forma esguia - o aparelho parece um pendrive.
Possui aplicativos de celular e desktop que a complementam, podendo ser usados para visualizar fundos e preparar transferências. O "grande problema" da Ledger é que o código não é 100% aberto.
Fabricada por uma empresa canadense (co-fundada por um brasileiro), a ColdCard é a preferida de boa parte dos bitcoiners de longa data.
A aparência remonta a uma calculadora, a embalagem é melhor selada que qualquer outra, e a arquitetura dos circuitos do aparelho é meticulosa para minimizar superfícies de ataque. O plástico é transparente para que qualquer eventual intrusão ou modificação seja evidente.
Carrega um cartão SD, que pode ser usado para transportar transações criadas na carteira para o computador (jamais expondo as chaves privadas a outro dispositivo), mas também pode ser usada com cabo USB, como de praxe entre competidoras.
📹 Tutorial no Youtube: AQUI.
Foi a primeira hardware wallet do mercado. É compacta, resistente, simples e a equipe técnica por trás é extremamente competente.
Mais pesada e cara que as alternativas anteriores, foi adquirida pela ShapeShift e se posiciona como uma opção premium. A tela é maior, o que pode facilitar a experiência para usuários mais velhos. O histórico (e reputação em ciber-segurança) é menor que o das alternativas.
Nova entrante, oferece um aparelho parecido com um celular, acompanhado de um case metálico para guardar um backup (cópia analógica) da chave privada. O hardware é bem feito.
Usar uma hardware wallet como estas, que guarda sua chave privada eletronicamente, não exclui a necessidade de se manter um backup analógico - uma cópia das suas palavras secretas que te permita recuperar suas moedas caso você perca sua Ledger; ou caso seu ColdCard caia na privada e alguém dê descarga.
O setup preferido de muitos bitcoiners envolve uma hardware wallet (ou mais, no caso de endereços multi-assinatura) e um backup analógico (ou mais, no caso de chaves divididas em pedaços - particionadas - para maior segurança).
O método de backup analógico mais simples de todos consiste em escrever as palavras secretas da carteira em um pedaço de papel.
Qualquer pessoa sã logo percebe que isso expõe seus bitcoin a novos vetores de ataque: e se alguém achar e roubar esse pedaço de papel? E se o lugar onde ele está pegar fogo? E se o papel for corroído pelo tempo?
Essas perguntas nos levam à próxima seção: Carteiras Exóticas.